Com o título Pollutant-meteorological factors and cardio-respiratory mortality in Portugal: Seasonal variability and associations, o artigo lança luz sobre a influência crucial da poluição atmosférica e fatores meteorológicos nas doenças cardiorrespiratórias em Portugal. A pesquisa destaca a importância de uma caracterização sazonal abrangente desses fatores para compreender melhor as relações entre a saúde e os riscos ambientais. Durante a análise, conduzida no período de 2011 a 2020, das variáveis meteorológicas e de poluição atmosférica em nível nacional, foi identificado uma tendência importante: as taxas de mortalidade cardiorrespiratória no inverno eram 44% mais elevadas do que no verão. As concentrações mais altas de material particulado (PM10 e PM2,5), monóxido de carbono (CO) e dióxido de azoto (NO2) foram observadas durante o inverno, enquanto o ozono (O3) atingiu seu pico na primavera e verão. A correlação positiva entre PM10, PM2.5 e NO2 indica padrões de comportamento semelhantes ao longo das estações. A análise de correlação canônica (CCA) revelou fortes associações lineares entre fatores poluentes-meteorológicos e resultados de saúde, com valores significativos estatisticamente. A temperatura próxima da superfície, a humidade relativa, PM10, PM2.5, CO e NO2 mostraram ser factores contribuintes para os resultados em saúde, indicando uma associação robusta. Esses achados ressaltam a importância de uma caracterização sazonal completa dos fatores ambientais de risco em Portugal, oferecendo informações cruciais sobre a variabilidade sazonal dos poluentes atmosféricos e fatores meteorológicos e suas possíveis implicações na mortalidade cardiorrespiratória. O artigo da autoria de Ediclê Fernandes, Maria João Costa, Vanda Salgueiro, Rui Salgado, Miguel Potes e Daniele Bortoli do ICT e de Paulo Lucio e Judith J. Hoelzemann da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brazil está disponível em https://doi.org/10.1016/j.envres.2023.117491.
