ICT participa na Assembleia Geral da União Europeia das Geociências (EGU) com o PyroC.pt

Decorre esta semana em Viena, Áustria, a Assembleia Geral da União Europeia das Geociências (EGU).
A EGU é a organização líder em investigação científica em geociências na Europa, abordando os principais desafios sociais e ambientais. É uma união internacional sem fins lucrativos de cientistas com cerca de 18.000 membros de todo o mundo. Os membros estão profissionalmente envolvidos ou associados com geociências e ciências planetárias e espaciais ou estudos relacionados.
O projeto PyroC.pt conta com a participação de duas investigadoras do ICT, Carolina Purificação e Cátia Campos que apresentaram os seus trabalhos no dia 25 de Abril.
Cátia Campos apresentou o trabalho “Modelling pyro-convective activity and the meteorological conditions leading to mega-fires”. Na sua apresentação, Cátia mostrou os resultados de uma simulação acoplada de um modelo atmosférico com um modelo de propagação de fogo, a qual permitiu identificar a formação de uma nuvem PyroCu no interior da pluma de fumo durante um mega incêndio. No contexto de larga escala, a simulação representou a evolução do furacão Ophelia, mostrando a mudança da direção dos ventos em território português, o que criou condições favoráveis à intensificação dos fogos ativos e ao desenvolvimento de nuvens PyroCb durante os mega incêndios de outubro de 2017. (Resumo disponível em https://doi.org/10.5194/egusphere-egu23-8967).
Carolina Purificação apresentou o trabalho “Modelling the atmospheric factors determining the evolution of the boundary layer during a wildfire event”. Na sua apresentação, Carolina mostrou os resultados obtidos a partir de uma simulação numérica cobrindo grande parte da Península Ibérica. O estudo teve como objetivo caracterizar as condições da camada limite atmosférica (CLA) associadas com o maior incêndio florestal ocorrido em Portugal em 2019. Tal simulação mostrou as principais condições atmosféricas favoráveis ao desenvolvimento do incêndio florestal, e principalmente que a evolução simulada da CLA foi marcada por um jato em aproximadamente 600 metros de altitude. (Resumo disponível em https://doi.org/10.5194/egusphere-egu23-14223).