Laboratório de Observação da Terra – EarsLab – realiza as I Jornadas em Évora

São cerca de 910 os satélites de observação da Terra atualmente em órbita. As I Jornadas do EarsLab, que contaram com a participação de cerca de 30 especialistas e interessados em deteção remota do sistema Terra, realizaram-se em Évora no passado dia 7 de junho e abordaram temas atuais e pertinentes no contexto da deteção remota e os grandes desafios ambientais que as sociedades enfrentam. Em particular, as Jornadas permitiram gerar um espaço de debate de ideias sobre o papel da deteção remota na sismologia, na qualidade da água, na monitorização da atmosfera e dos incêndios florestais, bem como a necessidade de uma efetiva sinergia entre outras disciplinas.

Com o crescimento exponencial no número de satélites de observação da terra e uma política de acesso livre à informação recolhida por estes sistemas, abriu-se um mar de oportunidades em termos de investigação do sistema Terra como um todo. Contudo, o desafio que atualmente se coloca no seio da comunidade científica é a capacitar os sistemas computacionais mais clássicos a digerir toda esta informação, de modo a gerar produtos e/ou serviços de qualidade e atualizados para a comunidade em geral.

Neste sentido, as jornadas centraram-se também na necessidade de realizar um esforço comum para se promoverem sinergias efetivas entre as ciências informáticas e a análise geoespacial de modo a potenciar uma utilização que se quer cada vez mais otimizada da grande quantidade de informação (Big Data) disponibilizada pelos satélites de observação da Terra atualmente em órbita.
Com estas jornadas reforçaram-se colaborações entre diferentes equipas que se vão materializar na elaboração de propostas de projetos de investigação científica com outras equipas nacionais e internacionais.

As jornadas do EarsLab marcam o primeiro ano da existência de um laboratório de deteção remota da Terra com valências únicas em Portugal, e que em conjunto com a Agência Espacial Portuguesa, poderá contribuir para dinamizar, promover e desenvolver a área da deteção remota em Portugal.