Decorreu ontem, dia 17 de junho, a jornada de lançamento do projeto FIREPOCTEP – Fortalecimento dos Sistemas Transfronteiriços de Prevenção e Extinção de Incêndios Florestais e Melhoria dos recursos para a criação de emprego rural pós covid-19 – do qual a Universidade de Évora é parceira.
Este projeto vai permitir à Universidade de Évora a criação de um espaço de encontro de universidades, investigadores e especialistas para a colaboração e para impulsionar projetos comuns na área da prevenção e extinção de incêndios florestais.
Outro dos objetivos é a contribuição para o plano de capacitação e dotação de materiais para os operacionais no combate aos incêndios florestais e o desenvolvimento de um sistema de acreditação para a formação dos operacionais da proteção civil normalizando procedimentos de segurança pós covid-19.
Na área da investigação, o principal objetivo do projeto prende-se com a análise do impacto das alterações climáticas no risco de incêndios florestais. Que impactes podem resultar das alterações climáticas na Península Ibérica nas próximas décadas? Quais as áreas mais propensas à ocorrência de grandes incêndios rurais? De que forma estes eventos extremos afetam as comunidades locais?
Também a diversidade microbiana dos solos afetados pelos fogos ocorridos durante o período de maior severidade meteorológica e pelas queimas prescritas, vai ser alvo de estudo de modo a constituir-se como bioindicador do efeito do fogo no solo.
Este projeto vem dar força à aposta que a Universidade de Évora está a fazer nesta importante área de investigação, somando-se a outros projetos em curso, 3 deles financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, ao Centro Ibérico de Investigação e Combate aos Incêndios Florestais (CILIFO) que tem um pólo na Universidade de Évora, financiado pelo Interreg POCTEP, e à contratação de recursos humanos altamente qualificados.
A jornada decorreu na Fundação Três Culturas em Sevilha e pela Universidade de Évora participou o professor Rui Salgado, coordenador do Pólo de Évora do Instituto Ciências da Terra e responsável pelo projeto FIREPOCTEP.