Luís Fialho, investigador na Cátedra de Energias Renováveis (CER) na Universidade de Évora (UÉ), está a desenvolver o projeto GRECO com o objetivo de estabelecer uma metodologia que permita reparar módulos fotovoltaicos sem que para tal seja necessário recorrer à substituição do painel solar.
Desde os anos 1980 que os módulos fotovoltaicos têm vindo a evoluir de forma contínua, quer em tamanho, quer na sua eficiência energética. Contudo, esta evolução constante faz com que ao fim de algum tempo já não seja possível encontrar no mercado um modelo idêntico àquele que foi adquirido.
Para Luís Fialho isto representa uma barreira para quem pretenda reparar ou substituir um módulo fotovoltaico com alguns anos.
O objetivo do projeto GRECO é então definir novas técnicas de reparação para estes módulos que possam ser feitas no local a um custo competitivo quando comparadas com o custo de substituir um módulo por completo.
“O desenho do nosso método permite que a reparação seja efetuada no próprio local com consumíveis de custo reduzido e com um número de horas de mão-de-obra também reduzido. Pretendemos que o nosso método tenha um mínimo de custos possíveis de operação e manutenção associados”, conta.
Luís Fialho pretende também que estas técnicas possam garantir uma sobrevida entra 25 a 30 anos de operação para os módulos reparados.
Neste momento, estão a ser realizados ensaios para validar no terreno estas técnicas de reparação. O intuito destes ensaios é determinar a fiabilidade destas técnicas para que as mesmas possam ser replicadas num futuro próximo, criando assim uma alternativa sustentável à substituição de painéis solares.
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