Universidade de Évora será júri da Startup Europe Accelerathon Euroregion Alentejo-Algarve-Andalucia para os desafios Covid-19 e as alterações climáticas

Na terça-feira, 9 de março de 2021, foi lançado o apelo à Startup Europe Accelerathon Spain-Portugal para a procura de soluções inovadoras para o desafio do combate ao Covid-19 e às alterações climáticas na Euro-região Alentejo-Algarve-Andaluzia (Euro-region AAA).

O evento, cofinanciado pelo Ministério da Presidência, Administração Pública e Interna da Junta de Andaluzia, serviu de fórum para incentivar a cooperação e incentivar novos talentos e apostar nas suas ideias no combate às alterações climáticas e no Covid-19.  

O webinário abordou os desafios da inovação e da cooperação contra as alterações climáticas e discutiu o já famoso passaporte europeu de saúde, o Euro Digital Green Pass (blockchain e Covid Free), desafios enfrentados tanto por Espanha como por Portugal no contexto da pandemia. 

A sessão, que contou com a presença de quatro representantes de instituições europeias, portuguesas e andaluzas, dez especialistas e cinco empresários, foi o pontapé de saída deste Accelerathon, um programa de inovação aberto implementado pela Fundação Finnova.

Nuno Guiomar, investigador na Universidade de Évora, fará parte do júri responsável pela avaliação das iniciativas apresentadas.

Nuno Guiomar focou-se nas abordagens inovadoras empreendidas no projeto transfronteiriço CILIFO – Centro Ibérico de Investigação e Combate aos Incêndios Florestais e reforçou o apelo de um conjunto de cientistas sobre a urgência de uma mudança de paradigma nas políticas de prevenção de incêndios rurais, no sentido de se avaliarem os resultados da sua aplicação em função dos efeitos do fogo e não da área ardida. Pela sua experiência, explicou que um “processo de inovação não tem de ser um produto físico”, e que perante o desafio proposto as mudanças de paradigma requerem inovações disruptivas ao nível dos processos envolvendo todos os atores de modo a que se reflitam na paisagem.”

Nuno Guiomar explicou que, com o Projeto CILIFO, foi definida uma estratégia de investigação que inclui quatro grandes cenários de ação “em que priorizamos a investigação aplicada, onde incluímos ações em todas as fases do ciclo de gestão de incêndios para criar bases que permitam cobrir lacunas de conhecimento e promover ações de planeamento baseadas na evidência”. Nuno salientou que “é urgente uma mudança de paradigma nas políticas” de modo a medir-se o sucesso das mesmas em função dos efeitos do fogo e não da área ardida ou do número de incêndios.

Sobre o CILIFO – Projeto Colaborativo (www.cilifo.eu)

O Projeto Centro Ibérico de Investigação e Combate a Incêndios Florestais (CILIFO) é financiado pelo Interreg V-A Espanha – Portugal – Programa de Cooperação Transfronteiriça POCTEP (2014-2020), tem um orçamento total de 24,6 milhões de euros e é o projeto Interreg mais financiado na história do programa de incêndios florestais.  Centra-se no combate aos incêndios florestais e nas suas consequências para a adaptação e mitigação das alterações climáticas; num quadro de cooperação transfronteiriça para a prevenção de riscos e melhoria da gestão dos recursos naturais de Espanha e Portugal na região do Alentejo – Algarve-Andaluzia. O projeto segue as indicações do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas 13: Tomar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus efeitos. 

Pode inscrever-se no desafio no seguinte link: https://form.jotform.com/finnova/accelerathon-euro-aaa

Pode ver o evento novamente em: https://www.youtube.com/watch?v=lkWTqFLy9jk